300 x 250 Ad Space

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Menino Varrido

Notas de um observador
O Sol não estava lá,
Havia algo fora do lugar, no amanhecer do pequeno vilarejo.
A menina de trança foi até a janela, enxergar o que sucedia.
O velho de bengala consultou o serviço metrológico do rádio amador.
A senhora de chapéu azul-turquesa, abriu o jornal em busca do horóscopo,
Enquanto sua filha namoradeira desenhava uma interrogação em cada olhar.
O menino varrido nem se deu conta do que se passava, mas ele também num expressava a menor reação diante dos problemas coletivos, era metido à cientista,
O menino, e toda gente comentava das experiências químicas, e místicas que ele praticava,
Era meio altista, meio bruxo, meio mago.
Dedicava seus dias a botar truques de mágicas de nunca davam certo,
Mantinha-se recluso em seu mundo de experimentações e não lhe sobrava tempo para manifestações como aquela que acontecia lá fora naquele momento.
O fato é que toda comunidade saiu em protesto,
O bafafá tomou corpo, quando finalmente olharam pro céu e deram por falta dos raios solares, que até então nunca se havia se ausentado do rotineiro amanhecer local.
O astro-rei não estava lá, tinha tomado um chá de sumiço, e cada boca sussurrava:
- Onde estará? Onde estará?
Foi quando o menino varrido saiu gritando a toda gente, ele estava radiante, pois havia realizado sua primeira mágica bem sucedida, as palavras atropeladas brotavam de sua garganta como buquês de felicidade.
E nessa hora todos olharam pra dentro dele.
O Sol estava lá.

O Teatro Mágico

0 comentários:

Postar um comentário